O ministro Miguel Arcanjo Galvão nasceu na vila de Goianinha, Estado do Rio Grande do Norte (RN) em 17 de fevereiro de 1821. Filho do alferes José Lopes de Galvão e de Josefa Maria de Jesus Galvão, fez seus estudos em sua terra natal.
Entrou para o funcionalismo da Fazenda de sua província, em
1841, passando para contador da Tesouraria de Aracaju (SE). Em 1849 toma posse
na Tesouraria Geral de Porto Alegre (RS).
Foi escrivão da Alfândega do Rio de Janeiro, chefe de secção da
tesouraria, 1º escriturário, chefe de seção, contador do Tesouro Nacional e
inspetor da caixa de Amortização.
Em 5 de maio de 1894, tomou posse como subdiretor do Tribunal de
Contas, ascendendo ao cargo de diretor e se aposentando em 3 de janeiro de
1897, por motivos médicos.
Durante a Guerra do Paraguai (1864-1870), organizou e dirigiu a
Repartição Fiscal e Pagadoria da Marinha, encarregado de tudo o que se referia
ao pagamento e fiscalização de despesas, suprimentos de fundos e remessa de
material para os navios da esquadra, hospitais e mais estabelecimentos da
armada em operações.
Entre as inúmeras condecorações, foi distinguido com a medalha
da campanha com passador de ouro e Oficial da Ordem da Rosa.
Fez parte da Mesa da Santa Casa de Misericórdia, das Sociedades
Auxiliadora da Indústria Nacional, Propagadora das Belas-Artes, Beneficente das
Artes Mecânicas, Amante da Instrução, do Instituto Histórico Brasileiro e do
Instituto Literário da Bahia.
Compôs com Zacarias de Góis e Vasconcelos e o coronel Frederico
Carneiro de Campos a Comissão de Inquérito da Casa de Correção do Rio de
Janeiro e, com o general Beaurepaire-Rohan e dr. Souza Fontes, fez parte da
comissão de exame do Hospital Militar.
Miguel Arcanjo faleceu no Rio de Janeiro, no dia 3 de julho de
1903
FONTE – TCU